Corrida contra o tempo que voa em sentido oposto
corria a vida no asfalto
orvalho que se faz vida na erva
noite que agoniza na alvorada
tempo que se ergue de salto
passos pesados lar abandonado…
amor que se faz fome no abraço d’amanhã…
lá fora existe o mundo e a esperança de chegar
existes tu e os braços abertos
existem as raízes da verdade
e as velas que navegam ao sabor do vento
amarrando-me no porto…
existe esse gume que me liberta…
o tempo que voa em sentido oposto
e esse amor real nos corpos genuínos
e essa perplexidade do silêncio dos beijos
um florir que desponta
um natal que se faz
a porta da rua que se fecha atras de mim
e eu?
preso voluntariamente do lado de dentro
do teu coração…
25/01/2020
02:03
In: Nova poesia de um poeta velho