Dia raro ( para Eligio Moura)
diga-me para onde vai o azul
ao abrir caminho entre as nuvens?
das noites intocadas pelo tempo
com teus passos cravados direto num campo de estrelas
do carro que passava com toda calma
desarranjando seu cabelo
com grandes distâncias
do seu sorriso apagando a estrada, a casa
como quem não pede desculpas por existir
diga-me em sentenças completas
das palavras que não vão para nenhum lugar
pelos dias reunidos
das madrugadas reimaginadas
na inquietação das árvores
do mundo diminuindo a um ponto
que não se pode medir
sem nenhum talento
para deixar as coisas em paz
diga-me para onde vai o azul
ao abrir caminho entre as nuvens?
das noites intocadas pelo tempo
com teus passos cravados direto num campo de estrelas
do carro que passava com toda calma
desarranjando seu cabelo
com grandes distâncias
do seu sorriso apagando a estrada, a casa
como quem não pede desculpas por existir
diga-me em sentenças completas
das palavras que não vão para nenhum lugar
pelos dias reunidos
das madrugadas reimaginadas
na inquietação das árvores
do mundo diminuindo a um ponto
que não se pode medir
sem nenhum talento
para deixar as coisas em paz