RUÍ(N)DO

RUÍ(N)DO

Há um silêncio

Barulhento

Não, não é vento

Talvez tempo

Está dentro da cachola

Dando traços a bola

Tentando achar saídas

Para tantas causas perdidas

Tanta miséria normal

Tanta empáfia surreal

Tanto encantamento por coisas

Tanto desprezo pelo essencial

E agora apresenta-se quase a loisa

Rumo ao território infernal

E a cabeça pensante em ruído

Num corpo puído

Sente não ouvir saída

No ocaso de vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 02/02/2020
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