DESFECHO
DESFECHO
Chove
Lava o corpo
Mas não a alma
Que não se acalma
Por quem se acama
Raios que partam
A doença que seca
A vida que é água
O corpo inerte
Dorme sedado
Onde andará a alma
Talvez não calma
Ou quem sabe viajando
Por onde não há como saber
Será que desperta
Será que ressuscita
Não é filho de Deus
Apenas mais um dos seus
Agora morto vivo
Apenas inspira e expira
Lentamente
Qual as palavras de uma poesia
Que não quer calar
Apenas versar
Tentando aplacar
A dor que não passa
Na alma de quem aguarda
O desfecho que não lhe pertence