O Que Escuta
Caminho entre surdos
e já surdo carrego, nesse caminho, poucas memórias.
Do Mar, o pulso sem ondas.
Do vento, um pingente ou pendente das folhas já suspensas das copas.
Da chuva, a pressa do vagar.
E do outro, o que me corta caminho, apenas o embaraço do estômago.
Impassível, do tempo, é seu embargo, como desse caminho,
o silêncio do corpo que aprende a escutar.