Poetando
Trago nas mãos
a dureza dos calos
desenhados pelo trabalho.
Trago nas mãos a maciez
dos afagos distribuídos.
E, neste ninho de dedos feito
cheio de tudo e de nada
seguro caneta e papel
meu veículo e minha estrada.
Porque com poesia sou tudo
sem poesia sou nada...
Sobram-me calos nas mãos
e afagos sem dono.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”