Poetando
 

Trago nas mãos
a dureza dos calos
desenhados pelo trabalho.
Trago nas mãos a maciez
dos afagos distribuídos.
E, neste ninho de dedos feito
cheio de tudo e de nada
seguro caneta e papel
meu veículo e minha estrada.
Porque com poesia sou tudo
sem poesia sou nada...
Sobram-me calos nas mãos
e afagos sem dono.
 


Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”

 
 

 

Lucibei
Enviado por Lucibei em 29/01/2020
Reeditado em 05/07/2022
Código do texto: T6853675
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