O poeta decreta
É um lembrete,
Espero que interprete
Sem torná-lo manchete
Com a voz no embargo,
Estou a um trago
Deste líquido amargo
Quem tomou chifre
Sabe o que se sofre,
Como agora sofro
A dor sufoca,
O íntimo choca
E te convoca
Corrói o pensamento,
Clama ao renascimento
Pelo fim do sofrimento
Pede-me um gole
Para que eu me console
Na necrópole
Mas o poeta
É quem decreta,
Chega desta galheta
Então, agradeço
E reconheço,
O fim não é recomeço.