Da Janela do Universo Meus Versos Extraviados
Debrucei-me sob o parapeito da janela do universo
contemplei um céu negro, profundo e controverso;
discorri sobre a criação engajada em algum verso
e o nexo transcendental foi a estrela de brilho inverso
longínqua em seu firmamento vasto e disperso.
Sorrateiro e diuturno ou noturno ali deixei-me
em vislumbres de visões em sensações deleitei-me;
discorri sobre o que vi e na poesia encontrei-me
mas, a vida estava ali e em meditação mergulhei-me
e no verso então vivi e a morte transmutou-me.
Poetei, versifiquei, ressuscitei e esmoreci,
na janela do universo discorri sobre o que vi
e, imerso em meu momento pelo verso ressurgi
com rimas extraviadas com o sol eu renasci
então junto aos pássaros, cantei e sobrevivi.