Dois mundos
Nada iria mudar
Em seu mundo exterior
As coisas sempre
São como são
Mas o que mais
Lhe entristecia
É que não podia mais
Se refugiar
Em seu interior
Estava vazio
Roubaram-lhe tudo
Não havia mais conforto
Não havia mais paz
Não havia mais luz
Não havia mais vida
Então resolveu
Apenas vagar
Andar pelos dois mundos
Sem rumo
E quando se cansar
E isso seria
Algo constante
Apenas se sentará
E esperará outro dia
E assim seguirá
Nesta estrada solitária
Que não leva
A lugar nenhum
26/01/2020