Instinto

Em mim há um instinto

Feroz e voraz

Que anda em desequilíbrio

A rasgar-me as roupas

Um instinto decadente

Sobrevivente as Eras

Tão fugaz que me arranca

Dos meus sentidos

Tão fustigante que meu corpo reclama

Ah! Instinto desaforado

Por que se encontra assim?

Tão alvoroçado?

Tens ideias do que fazes comigo?

Das altas temperaturas que me colocas?

Digas o que queres

Com esse seu arroubo sem precedentes?

Queres por acaso me enlouquecer?

Matar-me de vez?

O instinto que não se aquieta

Qualquer dia mata-me do coração

De tanto que pula

Já não te basta essa euforia

O que queres ainda de mim?

Meu colapso?

Ah! Não...

Dessa vez vou te controlar

Trancar-te e jogar no mais profundo

Do meu ser

Para nunca mais me importunar

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 25/01/2020
Código do texto: T6850409
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