Instinto
Em mim há um instinto
Feroz e voraz
Que anda em desequilíbrio
A rasgar-me as roupas
Um instinto decadente
Sobrevivente as Eras
Tão fugaz que me arranca
Dos meus sentidos
Tão fustigante que meu corpo reclama
Ah! Instinto desaforado
Por que se encontra assim?
Tão alvoroçado?
Tens ideias do que fazes comigo?
Das altas temperaturas que me colocas?
Digas o que queres
Com esse seu arroubo sem precedentes?
Queres por acaso me enlouquecer?
Matar-me de vez?
O instinto que não se aquieta
Qualquer dia mata-me do coração
De tanto que pula
Já não te basta essa euforia
O que queres ainda de mim?
Meu colapso?
Ah! Não...
Dessa vez vou te controlar
Trancar-te e jogar no mais profundo
Do meu ser
Para nunca mais me importunar