ABSALÃO - parte 1
Absalão
Criado ovelha,
Gerado lobo.
De nada bobo,
Cruel centelha.
Queima qual fogo,
Mal aparelha.
Teto de telha,
Vidro inquebrável,
Inquebrantável,
Coração relha,
Que só carrega,
Ambição cega,
Anseia a regra,
Ditar com pressa.
Satanás "pesca",
Logo essa ideia.
Como um arabesco,
Molda o grotesco,
Funesto incesto,
Na "panaceia"
Duma doença,
Que sua crença,
Só pode passar na mente perversa.
"Seu mal é simples,
Pelo seu timbre,
Digo e bem lembro:
É o amor!
Venha Amnom,
O plano é bom,
Diga a sua irmã,
Que estará sã,
Su'alma quando secar-lhe o batom!"
Tudo escutando,
Seu peito abre,
"Oh Jonadabe,
Que excelente.
Chamarei ela,
Minha Tamar,
Venha-me cuidar,
Pois sou muito doente."
Logo após,
Bote feroz,
Vergonha atroz,
A moça teve.
Absalão,
Como um tufão,
Para matar seu irmão,
Se conteve.
Planejou tudo,
Disse contudo,
Saiba meu pai,
Vou avisa-lo.
Nessa vileza,
Com sutileza,
Pode encontrar Amnom e matá-lo.
Fugiu de casa,
As mãos em sangue,
Mas o mal segue,
No peito embrasa.
Quando seu pai,
Só disse "vai:
Manda traze-lo",
Depois de anos sem o filho nas "asas".
Então nasceu,
O maior rival,
Que afinal,
Foi qual moeda,
Quando perdida,
Dentro de casa,
Somente achada que a dona sossega.
Mas...
Essa não foi mais achada.
E morreu antes mesmo de ser reembolsada...
Continua na próxima poesia...