Razão da Poetisa
Que seria de mim sem a escrita,
Sem minha inspiração,
Minha expressão seria restrita
E meus sentimentos não seriam do coração.
Que seria de mim sem meu grafite,
Sem minha tinta,
Voz alta sem palpite,
Cor diferente que não pinta.
Seria sempre igual
Pedra que não quebra,
Mas desgastante como tal.
Seria o eterno silêncio do rouxinol,
Relva sem orvalho,
Tarde sem arrebol.