Aos poemas que não consegui ouvir
à noite a rua rebrilhava com cacos de vidro
cortante sem nome
na curva do vaso preto, agradavelmente vago
a vida misturada com ‘não sei’
era tudo tão tristemente doce
um ar de devaneio num segredo melhor
perco-me nas ilusões que já começam a aparecer
em algumas flores soltas no cabelo
enamorada da noite
sentindo aquela sensação de ventania
que uma ave deve sentir
quando é pega numa corrente de ar
enquanto a casa toda se acomoda
para uma saudade
à noite a rua rebrilhava com cacos de vidro
cortante sem nome
na curva do vaso preto, agradavelmente vago
a vida misturada com ‘não sei’
era tudo tão tristemente doce
um ar de devaneio num segredo melhor
perco-me nas ilusões que já começam a aparecer
em algumas flores soltas no cabelo
enamorada da noite
sentindo aquela sensação de ventania
que uma ave deve sentir
quando é pega numa corrente de ar
enquanto a casa toda se acomoda
para uma saudade