HETERÔNIMO ÉDIPO
Palavras soltas no tempo
vampiras negras, servas do amanhã
Poemas loucos
metalinguisticamente sós,
senhores da noite,
deuses de um amanhã incerto e cruel,
catedrais brancas
que Alphonsus não poderia imaginar
emoções que perderam-se eternamente
cérebros e almas mortas
por todos nós,animais.
Palavras são demônios
lendas,
mas lendas não morrem
nós,homens e cães
sim !
Poesia succubus,
mulher perfeita,
pesadelo que os homens rejeitam.
Palavras...
tudo é escuridão e só Édipo
conhece os demônios do espírito
mas Leena conhece a poesia branca
do sol roubado
pelos olhos do lince.
(in "Antologia Del'Secchi - organização Roberto de Castro Del'Secchi - Editora Del'Secchi - In Versos Livres, nº 21