Aquarela de palavras
separa a prece
consumando o reino
cangaceira palavra
um desdém jogado dentro da alma
como espinho latente de uma pétala
canto que pede versos,
novos contornos queimando o solo
ensaiando os primeiros domínios
descansando em seu ninho
acalma as coisas... o céu, a terra... as pessoas
cora com os que tentam apressá-la
se (ao menos) escutassem o vento
as mãos seriam mero instrumento
mestre do invisível
a palavra à sala de aula
para formar o invencível, o saber existente
já não vivo no chão
meu coração quer lutar
quer trajar o perfume
como se fosse pássaros semeando
a solidão de cada palavra.