Aquarela de palavras
 
 
separa a prece
consumando o reino
cangaceira palavra
um desdém jogado dentro da alma
como espinho latente de uma pétala
 
canto que pede versos,
novos contornos queimando o solo
ensaiando os primeiros domínios
descansando em seu ninho
acalma as coisas... o céu, a terra... as pessoas
 
cora com os que tentam apressá-la
se (ao menos) escutassem o vento
as mãos seriam mero instrumento
mestre do invisível
a palavra à sala de aula
para formar o invencível, o saber existente
 
já não vivo no chão
meu coração quer lutar
quer trajar o perfume
como se fosse pássaros semeando
a solidão de cada palavra.
 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 22/01/2020
Código do texto: T6847738
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