A morte e o nasmento

A morte e o nascimento

A rosa caiu,

no chão morreu.

Saudade deixou,

mas seu perfume ficou.

Na memória sinto seu suave aroma da flor que um dia nasceu e, tanto enfeitou.

Nas noites frias de inverno,

quando ficava orvalhada,

sentia seu frescor,

enquanto uma doce brisa passava.

Era um jardim muito grande.

Você, flor de lindas pétalas destacava-se das outras.

Dentre todas era a mais bela.

Quando partiu, as outras flores choraram.

E os espinhos ficaram tristes.

E o jardim ficou em silêncio.

Era o luto que ali se vivia, da partida de tão bela flor.

Nas manhãs que seguiam, os pássaros voltaram a cantar e,

o silêncio mórbido se desfez.

Nascia nesse jardim,

um lindo botão de rosa,

que a rosa que se foi, deixou ali a sua nova flor.

O jardim novamente sorriu, acolhendo essa pequena flor,

que da dor de outra flor que partiu, nasceu a menina flor entre os mesmos espinhos, que de tristes se fizeram felizes e, com alegria a acolheram.

Assim, as lágrimas transmutaram-se em sorrisos, na percepção do ciclo da existência,

onde flores partem,

onde flores nascem,

nos magníficos jardins da vida.

Carmen Haddad

Rio de Janeiro RJ

Carmen haddad
Enviado por Carmen haddad em 18/01/2020
Código do texto: T6845152
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