UM POEMA QUE SE FEZ DO NADA

Por traz da mata a luminosidade

atenua dando um lúgubre contorno

ao horizonte que se fez lilás.

A noite se ergue assombrosamente.

Quase não se vê mais nada,

apenas, pode-se notar, o silêncio

desses sítios afastados;

a luz que ainda sobra, retrocede.

Esta paisagem que escurece célere

é um poema que se fez do nada.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 18/01/2020
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