UM POEMA QUE SE FEZ DO NADA
Por traz da mata a luminosidade
atenua dando um lúgubre contorno
ao horizonte que se fez lilás.
A noite se ergue assombrosamente.
Quase não se vê mais nada,
apenas, pode-se notar, o silêncio
desses sítios afastados;
a luz que ainda sobra, retrocede.
Esta paisagem que escurece célere
é um poema que se fez do nada.