SONETO 18

Deverei comparar-te a um dia de verão?

Tu és a mais serena e a mais amável

Os fortes ventos de maio movimentam os brotos,

e o prazo do verão é sempre inconsolável

em um momento muito intenso, brilha o olho estelar,

e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante,

nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante;

Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui;

E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais.

Enquanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever.

William Shakespeare

William Shakespeare
Enviado por Miguel Toledo em 17/01/2020
Reeditado em 17/01/2020
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