Intelectualidade doentia
Não sou daqueles que se acham super poetas,
intelectuais movidos por miséria,
doutores do saber,
um sofista pronto para lhe responder.
Escrevo versos sem pensar na estética,
versos chulos sem o mínimo de métrica,
versos agressivos que parecem sem sentido,
versos absurdos que deveriam ser destruídos.
Inspiro-me em conversas efêmeras,
com pessoas que nunca mais verei,
uma senhora a contar de sua vida,
ensinamentos que nunca esquecerei.
Como pode um poeta inflar o ego?
essa ironia irá refletir em seus versos cegos.
Se isso é ser poeta prefiro ser inferior,
que os intelectuais de passagem
entendam que a poesia é um clamor.