SÃO BENEDITO GLORIOSO em IRITUIA

SÃO BENEDITO GLORIOSO.

Com pobre e escravizado.

Foi sempre bondoso,

E por eles lembrado.

Viveu na humildade

Serviu a DEUS toda sua idade.

ESTE o permitiu caridade.

Para com mais necessidade.

Negro, pobre, padre e protetor,

Na Congregação era Superior.

Humilde servo do SENHOR.

Que permitiu carregarem em andor.

Para IRITUIA te trouxeram.

Nas trouxas de roupas te escondiam.

Em janeiro com fitas ornamentavam.

E em tua presença dançavam.

Eras o louvor do escravizado.

Era o louvor do escravizador.

Era o louvor do sofredor.

Diante do seu Feitor.

Em novembro saia visitando,

O Povo todo te venerava,

De ano a ano esperado.

Recebia-te e carregava.

Chegavas como a luz do sol.

Mesmo sendo época de chuvas.

Era o sinal de fartura.

Tua visita anual.

Como um dos Magos.

Era o Rei dos negros.

Era o pilar dos escravizados.

Era a luz dos desprezados.

Aos anos somados,

Abraçavam-te os brancos.

Na sociedade elitizada,

Uma ermita foi erguida.

HOJE, OS JOVENS PERGUNTAM:

Que santo é aquele que levam acolá?

É SÃO BENEDITRO que vão venerar.

É SÃO BENEDITO dos pobres do lugar.

É SÃO BENEDITO que harmoniza o lar.

É SÃO BENEDITO que faz juntar.

É SÃO BENEDITO que faz cantar.

É SÃO BENEDITO que faz dançar.

É SÃO BENEDITO querido em todo lugar.

Versado,

Cantado,

Dançado,

Festejado.

Por Mestres,

Por Cantores,

Por Compositores,

Por Foliões.

Numa rua,

Numa praça,

Num barracão,

Num salão.

É O SÃO BENEDITO da multidão,

É o Santo de devoção,

É no andor, louvação,

É em IRITUIA COLIGAÇÃO.

Fogos de rojões,

Canções e orações,

Fervor nos corações,

Das lembranças dos sermões.

Que foram feitos nas celebrações,

Começam logo as recordações,

Guardadas nos corações,

De cada amigo, parente ou foliões.

Que não mais esmolam ou cantam leilões.

Os fogos calam o final das comemorações,

Logo a imagem é recolhida com devoção,

Na Matriz ficará para visitações.

DOMINGOS INÁCIO.