UM BAILE TERSO
Não sei se sou um ser pacóvio
Por sorrir quando falo paralelepípedo
Prescrutei uma palavra difícil
E logo ela encontrei
Todos sabem o que quer dizer
Mas, quando ela sai
Não é de forma frugal
A língua baila, embaralha
Às vezes gaguejo
E tergiverso
Reinicio a fala
Taciturno não fico
Liberto-me em palratório
Sozinho ou em companhia
Sem medo de ser prolixo
Palavras solto
Ou em prosa ou em poesia
(Cleônia)