Melancolia XLVIII

Meus cristais refletem a dor da minha alma

Em minha solidão,

sinto a tristeza dominar os versos.

Dó de mim,

nesta mesmice medíocre de amar

o irreal e sofrer, sofrer, sofrer..

O nada gentilmente me convida

a sentar no jardim.

O silênciar constante das folhas

sentindo culpa por doar

as pétalas quando mutilo.

Eu canto no banheiro

Crio as historias que tu cria,

para outro alguém.

O final chega todos os dias,

ao final do Sol, vem a Lua

que uiva em meus sonhos

O final aglomera o mutismo que

olho, chorando de dor.

Os colapsos que crio em minha mania

de sentir o mundo

O cheiro sujo da alma, queima

minhas narinas e sangra.

Em mim, nada é sem amor que o lúdico

anjo repete, em cada pena de sua asa,

os versos erradicados das línguas.

Me entrego para não mais sonhar,

por medo de ti,

pois vejo o além domar a euforia

e me sangrar silenciosamente.

Não continuo agora, o vermelho dos versos

Nele deixo a marca no pulso esquerdo,

lembrando o sorriso que deu para minha alma.

Teu rosto em mim, enquanto chorava.

Ytalo Scharf
Enviado por Ytalo Scharf em 14/01/2020
Código do texto: T6841651
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