Razão de existir (Poesia Rapariga)
Razão de existir...
Caminhamos com propósitos,
E nos deparamos com o real,
De um viver de descobertas,
Talvez ninguém entenda sua verdade,
E as pessoas fiquem loucas,
Estamos no mesmo barco...
Uns olham para um futuro longínquo,
Numa estrada de lágrimas,
Somos navegadores de tantas ilusões,
Querendo um sorriso de aceitação,
E sonhando em sermos amados,
Pois, nosso acordar pode ser tardio,
E o sono demore numa cama de prazeres...
Onde podemos ser aceitos?
Quando nosso semelhante será respeitado?
Por que o desejo de chorar e pouco rir?
E por que o ódio cresce entre conhecidos?
Pois, o viver é muito recompensante...
E muitos sonhos demorem na vereda,
Donde homens lutam por espaços de solidão,
Numa dança de loucos e amigos...
Eu que pouco conheço do sagrado,
Querendo ver a mudança nos outros?
Eu que brincando com o lume da paixão?
Eu que deslumbrado vou morrendo?
Em loucuras de teorias do amor que silencia,
Na sombra de um desejo de felicidade,
A mesma felicidade de pobreza e gratidão,
Com ânsias do pecado de carnal amparo...
Vamos caminhando no beco escuro,
Numa viela de ratos que nos governam,
E sentindo o sabor da violência; lutamos...
Caímos, despencamos no esterco da ambição,
E vamos ao cume da montanha mais baixa,
Querendo sermos heróis nos tornamos tolos,
Sem mais nenhum segredo e tantas páginas,
Páginas brancas de terror Humano e animal,
Somos um detalhe pouco belo na terra...
Sonhamos com canções das estrelas,
Na sinfonia de glutões do prazer desenfreado,
Vamos ao encontro de demônios zombadores,
Na estrada de espinhos que com ponta faz rir,
Na monstruosidade de tantas almas rebeldes,
Em que as brasas da fogueira nos acode?
Numa única história de derrotados sem medo,
Talvez os sonhos morram...
É pecado querer a fortuna?
É pecado desejar uma bela mulher?
É pecado um trilhar de coração que invoca?
É uma ilusão a religião que nos santifica?
É desejável o abismo que também nos fala?
É insondável o segredo do oculto num bastar,
Com muita coragem vamos ao duelo de anjos,
Anjos que trazem as boas novas do viver,
Um viver de ganância e labutar de vermes...
O maior segredo do destino está guardado...
Criem as histórias; e inventem fábulas...
Busquem as flores no inferno, e chere o fogo,
Com ódio nas trilhas de sombras e mais medo,
Perceba que o paraíso traga somente santos,
E navegue no amor de um matrimônio profano,
Na profanidade de riquezas poéticas...
Entre lágrimas de conceitos vão...
Entre lágrimas de um emprego sexual...
Sexual é o casamento filosófico...
Na filosofia do incerto amanhã...
Olhe; pense; transe; chore no fogaréu...
E escolha a razão de viver na insanidade...
Insanidade de um fogo perfumoso...
Que embriaga as mulheres...
No calor da paixão do amor...
No calor da cama em loucas penetrações...
Penetrações ao espírito aflito de desejo...
A razão vos fala ó prazer das letras vivas...
Na orfandade Portuguesa...
Quando o propósito da vida num sentido fútil...
... É vedado pela calcinha!
Onde poucos homens ousam serem: Desertores!
A razão é virgem, e o sentido do existir: Tesão.
(Francesco Acácio - Poeta)