Sou emigrante
Eu nasci em Portugal
Eu cresci como emigrante
Sou um ser especial
Que tem uma vida errante.
O meu destino é fatal
Vivo como militante
De um partido itinerante
Numa história atemporal.
Um amor sem ter igual
Do meu peito é viajante
Lembranças do essencial
Um querer reconfortante.
Da Páscoa até ao Natal
Saudades a cada instante
Mas só lhe vejo o final
Num mês de agosto “escaldante”.
Sou português, emigrante
Quero muito a Portugal
Uma nação tolerante
Um cantinho especial.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”