Melancolia XLVII
A beira do rio é parte de mim
Pequena sensação de banhar os pés no
meu coração.
As rupturas criadas nas conexões
nos lapidam, trazem o amor
entre sorrisos quebrados.
Me envolvo na ilusão de te possuir
Me escondo quando olha para mim.
Vivo na margem da cria
Esperando tua ira
Chamar minha selvageria.
A soneca nos eleva em vapor
e parto na misteriosa brisa que sou.
Ah, Beija-flor..
Me derreto inteiro por ti,
no meu silêncio de amor
crio castelos de meus desejos íntimos
que jamais serão contados para ti.
Em minha revolta
Choro.
Não conseguiria mais que isto
no meu segredo contado.
Não entendo a lingua que me conta
aviva, despertando-a longe de mim.