A MAÇÃ

Não sou filha desta guerra.

Não voltei para casa, com sangue inocente nas minhas mãos...

Tenho sede, tenho fome...

Tenho saudades da brisa fina, tocando levemente a minha face pela manhã.

Ainda posso sentir o gosto da primeira mordida de Eva na maçã.

Não tenho marcas, o meu 'Eu' existe em uma incógnita.

Se houvesse absolvição que me convém...

Haveria um refúgio para uma alma abandonada ao desdém?...

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 11/01/2020
Código do texto: T6839264
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