GRITOS

Nos silenciosos gritos

que pernoitam,

os sonhos de menino

se deixam levar pelas

ondas do simplório mar de algodão

azul e branco.

Teus dedos não mais

suportam o atrito

para que se faça um pouco de calor.

As tuas vagas estórias

se confundem em verdade,

e teus sagazes medos

nada provam o teu heroísmo

trágico.

Os gritos que pernoitam

estão por aí,

basta querer ouvir.

Gleidston de Aragão
Enviado por Gleidston de Aragão em 10/01/2020
Código do texto: T6838617
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