GRITOS
Nos silenciosos gritos
que pernoitam,
os sonhos de menino
se deixam levar pelas
ondas do simplório mar de algodão
azul e branco.
Teus dedos não mais
suportam o atrito
para que se faça um pouco de calor.
As tuas vagas estórias
se confundem em verdade,
e teus sagazes medos
nada provam o teu heroísmo
trágico.
Os gritos que pernoitam
estão por aí,
basta querer ouvir.