SEMPRE OS MESMOS...


Venho seguindo comigo a tanto tempo,
Tropeçando, caindo, às vezes em público,
Motivo de risos e de calados prantos...
Tenho dormido comigo,
E nas noites insones temos feito amor um com o outro...
Embalando sonhos, e de pesadelos fugindo,
E como rebento de nosso coito, mal interrompido,
Apenas o desconhecido!
Como seguir em frente?
Como ser outro?
Se somos sempre os mesmos,
Frente a frente com o destino,
Sem saber ao certo o que é isto?

Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
09/01/2020