REFLEXO DE UMA SINA ESTÉRIL
Sou anexo do meu reflexo existencial,
Ser vagante de caminhos incertos,
Distante de tudo o que eu queria perto,
Resultado de um destino banal.
Caminhos tortuosos de meu ser ao avesso,
Preso a encontros do passado ao acaso,
Saciando o nada a transbordar do abstrato,
Fazendo-me distante de mim mesmo.
Anestesiado em fontes de inutilidades sentimentais,
Cultivando os campos em cinzas estéreis,
Privado da seara e dos jardins férteis,
Sonho com as distrações transcendentais.
Descasos de uma sina de cinérea lida,
Mostraram-me um mundo sem nexo,
Fizeram o fácil se transformar em complexo,
E assim, sigo no turbilhão da vida.