ILÍCITOS ESQUEMAS DO DESTINO
Pequenas moléculas de branco no ar se aspiram
Sem ninguém notar,
E alguém as viu quando a esbranquiçada fumaça
Sumiu no seu planar...
Alguém é um intrépido do além,
O quem que desdém dos celestes mistérios,
Que desola critérios,
É esse alguém que descreve tais versos...
Intensos versos que apenas recebem as palavras,
Ludibriadas e gastas letras de um pedaço do nosso vernáculo
Tentando regressar...
Regressa, homem de letra,
Descreve teu nome anônimo
Sem sinônimo e etiqueta,
Fala a nítida sensação que sente
Quando o branco da fumaça os seus olhos tocam...
Ardente era seu toque
Mas minha sorte
É que me alucino em poemas:
Ilícitos esquemas do destino...
In "Antologia Poética da Casa da Poesia VOL: 3", (SCORTECCI), 2016.