ILÍCITOS ESQUEMAS DO DESTINO

Pequenas moléculas de branco no ar se aspiram

Sem ninguém notar,

E alguém as viu quando a esbranquiçada fumaça

Sumiu no seu planar...

Alguém é um intrépido do além,

O quem que desdém dos celestes mistérios,

Que desola critérios,

É esse alguém que descreve tais versos...

Intensos versos que apenas recebem as palavras,

Ludibriadas e gastas letras de um pedaço do nosso vernáculo

Tentando regressar...

Regressa, homem de letra,

Descreve teu nome anônimo

Sem sinônimo e etiqueta,

Fala a nítida sensação que sente

Quando o branco da fumaça os seus olhos tocam...

Ardente era seu toque

Mas minha sorte

É que me alucino em poemas:

Ilícitos esquemas do destino...

In "Antologia Poética da Casa da Poesia VOL: 3", (SCORTECCI), 2016.

Sivaldo Souza
Enviado por Sivaldo Souza em 09/01/2020
Reeditado em 24/07/2022
Código do texto: T6838053
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