SEVERINA
I.
Ela esteve aqui no quarto e entre as nódoas
dos seus códigos, preencheu os vários polos
do vazio (onde em todas as direções se locomove).
Fitou a cama. Voou acima da minha alma imóvel.
II.
Abriu a fenda delgada sobre a madrugada puída...
E antes de sua despedida, dentro daquela neblina,
perguntou em silêncio, feito uma falsa sacerdotisa:
— E quem sabe eu não seja melhor do que a vida?