RELAX

De quase ou nada preciso.

Nem de longa vida preciso,

que não seja o ódio

- preciso...

Preciso da nova maravilha!

Eu,

quem odeia viver,

odeia amar,

odeia se armar

e se arma do ódio,

da renúncia à peregrinar.

Sou eu,

quem odeia respirar,

odeia o destino,

odeia pensar em morrer,

odeia-se e odeia também você!..

Odeia o bem,

odeia perder e sussurrar ao pé do ouvido da menina;

odeia, entretanto, padecer no vício da existência;

e odeia estas palavras sujas;

a mesmice de uma esposa e filhos;

o mal das instiuições políticas;

a igreja familiar;

a anarquia social;

odeia quem há de vir;

de nascer;..

Odeia pensar,

falar,

escrever!

RODRIGO PINTO
Enviado por RODRIGO PINTO em 06/10/2007
Reeditado em 10/03/2008
Código do texto: T683633