Madrugada
Vultos à direita
Vultos à esquerda
Olhos pesados
Arregalados
Nenhum ruído
Se uma mariposa...
Tivesse pena de.mim
Fazendo um barulhinho...
Não estaria tão só
As horas da madrugada
São inimigas
Os pensamentos carregados
Às vezes de um vazio desalmado
Outras vezes não há muito ...DO NADA
DESCONEXO
lembranças e saudades
Brigam entre si
Ninguém vence
A madrugada continua
Com ela os olhos fecham
Mas abrem....
As pálpebras em órbita
O vazio insiste...
Restos de culpas
Culpa sem dor
Incolor
Inodor
Vestígios de traços e rabiscos
Vão sumindo
A poesia desaparece
Apenas o sono furtou
Todas as esperanças
De se fazer uma poesia na madrugada!