BATALHA ÉPICA...
Estou numa batalha épica
Meu corpo é o campo de batalha
A vida é meu fio da navalha
Aqui vou escrevendo minha prédica...
O meu discurso é sempre coisa inédita
Na minha dialética ainda falha,
Mas vem a poesia e me atalha
O tempo em cada linha mais intrépida...
As minhas armas são do que invento
Tirando do meu coração aflito
A mente que me lança ao infinito
E o meu escudo ao tépido silêncio...
A minha armadura o pensamento
Com minha espada afiada em rito
O aço sob a forja do bendito
Amor, a lâmina do meu sentimento...
A minha armada são meus inimigos
Que tentam minha derrota sem sucesso
Pois, minha estratégia é o verso
Levando-me pra longe dos perigos...
Minhas ciladas são os seus castigos
Que aos poemas faço o amor impresso
E na batalha ganho em regresso
Os transformando todos em amigos...
Minha jornada é depois da guerra
Na minha solidão, louros da glória
Comemorando em prece a vitória
E aguardando a próxima primavera...
E meu retorno é a semente à terra
Após se derrotar maldade inglória
Contando a poesia sua história
Aqui no meu poema se encerra...
No mundo, o museu dessa memória...
Autor: André Luiz Pinheiro
04/01/2019