Poema abstrato - 2
Vou alçar voo sem rumo...
O espaço não precisa de setas.
E no espaço
não preciso de regras,
para soltar-me
em “Cabos Canaverais”.
Não preciso dos sinais
terrestres,
que me indiquem uma direção.
Quero tão somente
a “amplidão” da mente:
A minha, a sua,
a de quem se aventurar
a não contrair dívidas
com o mundo “concreto”.
Sem “porquês”.
Pois nem tudo
tem explicação
ou lógica.
30.07.1989