Colágeno
Em meio à solidão pálida
há olhares que rastreiam
arrepios que espumam
sonhos sangrentos
a terra fria sem norte
abre o colágeno
de vozes febris
entre meu canto
desatinado
que degusta nós
cala calafrios
de ossos frágeis
o choro tinge a dor
de lilás
refrescando
meu coração
que bate vazio.