OUVINTE

Calado, escuto melhor!

‘Desarmado’ examino o pó,

E cheio de dó

Tenho desatado o nó.

Às vezes, ando sem mim,

Cheio de outro sim

Procuro entender esse cheiro de jasmim

Que ‘inunda’ o alheio jardim.

E todas as vezes que me carrego

Pesado, escorrego,

No liso ego,

Do meu eu.

Então, aprendi a ouvir.

E hoje, posso sorrir,

De tudo que ouço

Sem me ferir.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 01/01/2020
Código do texto: T6831650
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