A poesia cosmopolita

Uma musa coquete

Que se vestia de confete

Pensou que sua fantasia

Fosse a roupa do Ano inteiro

Irresponsável pediu ao poeta

Que fosse só dela carteiro

E que só tivesse um endereço

Para entregar poesias

Cantada em verso e prosa,

A menina toda prosa,

Também se dizia soneto,

Mas o resto do mundo que encanta,

Deixou de oferecer rimas,

Ao poeta engessado,

E tudo virou rotina,

Por causa daquela menina,

O poeta viu acontecer,

Que sem o resto do mundo, que é magia

Ele não sabia mais o que escrever

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 31/12/2019
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