O FIM
Minha vida findará amanhã.
Lamento por deixar-te, mas vou sã.
Vivi por ti e para ti,
Mas está chegando a hora de partir.
Lúcido, entreguei-me o quando pude,
E até na hora rude,
Eu fui inteiramente seu.
Nunca mais serei visto
Porque não resisto,
Àquele que chega.
De "velho" serei chamado
Trocado pelo novo
Que pelo mundo é esperado
E de mim se despede
Sem nenhum desejo
Que eu volte.
Morro no mesmo intante
Em que nasce o semblante
Do novo "menino".
Sou o ano de dois mil e dezenove
Que em breve se cobre
Da "terra" do esquecimento.
Mas vou feliz!
Porque sei que tanto fiz
Para que tu pudesses sorrir
E eu jamais te omiti o meu tempo.
Para este Recanto,
Fica o canto
De feliz Ano Novo!
Ênio Azevedo