OPRESSÃO

1. Eterna e recentemente, o pênis

é a esfinge controlando

3. teus instintos.

4. Desabitado de sentidos, só

me resta a

6. espera.

7. De que mares os exércitos levantarão?

8. E se o clarim soar, haverá tempo?

de avisar na quebrada que o

tiro fundamental

esfacelará

sobre a multidão

13. no nervosismo da espera?

14. Celebraremos amores com a marginalidade

15. p'ra que a vida seja menos vazia.

16. Paredões escritos a sangue e mijo

escorrem sonhos de poupanças e loterias

pelas brechas do teu cérebro

que não pensa

rumina

informações desgarradas

no desastre

23. consumista.

24. Havendo consumo

25. nada de humanidade.

26. Terra de sol sem tempero

teu destino vegeta

num bosque de ossos

e palavras avulsas

pichadas num muro

de incompreensões

que os debilóidos

33. deixaram aos homens