Navegante

Estes navios do tempo

cujas âncoras

são minhas mãos

Atracam sem ninguém

perceber

a sua chegada

Levam todo tipo

de enganação

até a sensação

de liberdade

que o mar, preso à gravidade,

garante amor no raso

sendo fundo na ilusão

mas que sede sinto,

afogado nesse mar

em que fui jogado

agora apenas pressinto

que ao invés de zarpar

eu devia ter ficado

Leandro Pedrosa
Enviado por Leandro Pedrosa em 28/12/2019
Código do texto: T6828922
Classificação de conteúdo: seguro