Solilóquio
Triste monólogo cansado
Que minh'alma aborta,
Regurgita febril do passado,
Memória que aos olhos aporta.
Há quanto tempo me evadi,
Ninguém notou, agora ou então,
Pontada órfã aos poucos senti,
Dúvida, exsurge em tímida paixão.
Quando ou como fui feliz?
Arremeto em ingênuo colóquio,
Névoa, ilusão não mais condiz,
Se indago-me em inócuo solilóquio.