TECENDO POEMAS
Serenidade, ao ouvir a chuva cair
nas rosas coloridas, benditas,
o sol escondeu seu dourado
flamejante no topo das nuvens.
A mente vagueia pelas plagas
de lindas primaveras infinitas,
das tardes quentes de aves,
imigrantes com belas plumagens.
Não fogem da memória
num desmaiar púrpuro,
tal qual, crepúsculo,
o fulgor que extasia.
Incessante surge a poesia,
ilusório portal, acesso minúsculo,
por onde passam os sonhos
inflamados por encantos deleitáveis.
Ouço notas musicais executadas
- por seres imagináveis, -
numa ostentação impremeditável,
versos brilham no alvorecer.
Rimar é viajar livremente,
degustando o prazer de ver
um poema florescer.