COMUNGO A NATUREZA

Um café fumegando na xícara,

Bebo-o devagar e ouço a vida que se manifesta.

Pássaros arrulham por todos os lados, antes que o sol fure o véu da noite.

A rã parou de coaxar, espreita o teto de flores aqui

e acolá.

Replicam vidas, porque atuam simplesmente,

Por ser assim a natureza.

A mim, não interessa entendê-la,

Intromissão inútil e dispensada.

Há brisa, um cão anda cheirando tudo e eu observo sem filosofia.

Não ouço vozes humanas,

Isso me faz um bem enorme

Enquanto comungo a natureza.

Dalva Molina Mansano.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 21/12/2019
Código do texto: T6823969
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