COMUNGO A NATUREZA
Um café fumegando na xícara,
Bebo-o devagar e ouço a vida que se manifesta.
Pássaros arrulham por todos os lados, antes que o sol fure o véu da noite.
A rã parou de coaxar, espreita o teto de flores aqui
e acolá.
Replicam vidas, porque atuam simplesmente,
Por ser assim a natureza.
A mim, não interessa entendê-la,
Intromissão inútil e dispensada.
Há brisa, um cão anda cheirando tudo e eu observo sem filosofia.
Não ouço vozes humanas,
Isso me faz um bem enorme
Enquanto comungo a natureza.
Dalva Molina Mansano.