Sem rumo
 
A vida passa por mim
Sem rumo atropela o passo
Que descansa sobre a pedra
Na sombra inquieta da terra
 
Sem rumo lamenta a angústia
Que ampara o aviso prévio
Da morte em várias línguas
Escurecendo os olhos do tempo
 
O caminho se apaga no mapa
Onde a natureza dispersa a lágrima
Numa vida sem rumo e incerta
Que se instala no silêncio seu
 
Tudo fica inútil em tempo crível
E sem destino persegue a noite
Que cansada bebe toda solidão
Debruçada na escuridão úmida
 
Quero seguir na suave brisa que vai
Banhada na água fria da noite
Por  tanto tempo em silêncio 
Caminha na fé de seguir o seu rumo... 


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 20/12/2019
Reeditado em 25/12/2019
Código do texto: T6823170
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