VIRADA
O louco da pá virada
Roubou a Praça do povo
Gritava e esbracejava
Nada fazia de novo.
Pensava que apavorava
Mas era só demagogo
Enquanto ele delirava
O povo virava o jogo.
Puseram-lhe uma coroa
Fizeram-no um soberano.
E o louco comia broa...
E o povo ascendia ao trono.
De novo a Praça tomava
e pela força da vida
Livremente desfilava...
Ninguém limita a jazida.