O VIOLÃO SERESTEIRO

Eu sou o violão seresteiro

Vadiando o dia inteiro

Atirado na sarjeta

Me chamam de dito cujo

Escrevo em papel sujo

Meus poemas de gaveta

Bebendo de bar em bar

Sonhando comer caviar

Num pão velho com banana

Largado pela mulher

Que dorme num canto qualquer

E ainda se acha um bacana

Que não perde a majestade

Prefere o ar da liberdade

Pra pobre torce o nariz

Morando no olho da rua

Se diz o seresteiro da lua

Esse é um poeta feliz!

Escrito as 10:07 hrs., de 18/12/2019 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 18/12/2019
Código do texto: T6821665
Classificação de conteúdo: seguro