PRIMAVERA POEMA
Densos tapetes de folhas esquecidas
pretéritos sons, esvoaçantes cortinas
nuas árvores emolduradas pela retina
do tempo perene e repetitivo.
Derradeiro sonho outonal
desdenha o inverno
criando em si um eterno desejo
do imaginar cores e flores.
Memória viva, atenta
desperta involuntária paixão
um amar intenso a verdejar
nos campos e versos do poeta.
Ciclo da vida mensageira
não mais sussurra
eclode florida primavera
poema único da existência.