Melancolia XLI
Não digo teu nome para o mundo
Te chamo entre as linhas e
quem vive em mim, conhece-a.
Crio formas e pinduro na sala
com orgulho de menino.
A paixão que tenho jamais
se apagará, sabes como amo
Amo até morrer.
Bem aventurado a árvore.
Faz sombra para teu sorriso
enquanto corro atrás do coração.
Boba, treme quando ama
E não me ama mais,
mas treme quando me vê.
A paciência da flor jamais existira em ti
As tempestades não lhe dão trégua
de sofrer.
Tu me deleta, me ouve,
me humilha, me gosta
Me silencia quando vou te contar histórias.
Jamais me concedeu esta dança
A mãe não larga a mão do filho
O ciúmes de perdê-lo
já a faz chorar.
Eu quebrei a janela quando
parei de respirar
Despedacei um coração,
o teu amar.