A PEQUENEZ HUMANA

Nas ondas de toda boa música sentimental,

na rapidez do vil pensamento imponderal,

na curteza de qualquer sã vida existencial,

no balanço sem graça do bêbado irracional.

A triste dor da lembrança no velho caderno,

a sadia saudade do conhecido e inatingível,

a vulnerabilidade do fraco homem moderno,

a certa incapacidade da sabedoria inteligível.

No Senhor dos homens está o grande saber

a resposta ao que na mente não pode caber,

a dura revelação à nossa humana estreiteza.

Por jamais podermos entender nosso limite

tão pequeno, tão minúsculo, só Ele admite

e não estranha nossa insignificante curteza.

Salvador, 07/01/2002.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/12/2019
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